As pessoas confundem educar com o cuidar, as crianças são lavadas, enxugadas, vestidas, alimentadas e largadas. Ao “Léo” assistem agressões, futilidades, promiscuidades. Ao repetir tais comportamentos são oprimidos. Sem orientação familiar (educar por valores dá trabalho, acham que a criança já deveria nascer bem comportado, cidadão crítico, solidário!!) chegam na escola, com professores despreparados, ou incapazes de dar conta de trinta e tantas crianças sem acompanhamento familiar. As dificuldades emocionais juntam-se às de aprendizagem, as reações são negativas, vão desde a total omissão à apologia a malandragem, bandidagem, reflexo de suas inseguranças. Na melhor das hipóteses chegam no ensino fundamental lendo, sem maiores entendimentos, mas na verdade a maioria só consegue tirar do quadro e lê pausadamente. Então eles conhecem as políticas públicas de melhoramento educacional, ao serem cobrados para lerem os textos eles dizem que não sabem ler, o professor recorre a supervisão escolar que diz não poder fazer nada. O resultado são notas baixas e a cobrança em cima do “sofressor” – Por que essa nota baixa? Passe outro trabalho, mude a metodologia (Aprove o aluno!). Os sabidos logo aprendem os macetes, - Vocês falam, mas no fim do ano a gente passa. Hoje em dia a obrigação do professor é segurar os alunos em sala de aula, enquanto o aluno não sofre nenhuma cobrança, eles faltam, não estudam, bagunçam, desrespeitam, bagunçam mais. A escola pública reflete a sociedade que está emperrada na corrupção e no favorecimento pessoal.
“As nossas instituições perderam a razão de ser, a educação não educa e a política não politiza” Darcy Ribeiro
Escrito por: Rayanne Bezerra
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