quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Ditadura da Dilma.



O projeto que poderá modificar completamente (para muito pior) os serviços de canais por assinatura como os conhecemos foi sancionado pela presidente Dilma Roussef e é com pesar que informo que ele entrará em vigor ainda este ano.

Sua descrição é longa e burocrática demais, então tentarei simplificar seus objetivos: primeiro, aumentar a concorrência neste nicho ao permitir que empresas de telefonia estejam aptas a oferecer descontos na assinatura de canais, linhas telefonicas e conexões banda larga, o que em geral é algo bom para os consumidores. Quanto mais empresas brigarem pela preferência dos usuários, mais barato são oferecidos os produtos.

No entanto, a comemoração termina aqui. As próximas definições impostas pela nova lei reestringem os direitos dos cidadãos em comprarem aquilo o que desejam, no caso, entretenimento estrangeiro. A partir de agora, a cada três canais disponibilizadas nos pacotes oferecidos um deverá ser nacional. O problema é que não existem tantas emissoras nacionais que oferecem conteúdo com apelo o suficiente para serem vendidos ao mesmo preço que uma Fox, Warner Channel ou HBO.Ou seja, os disponibilizadores darão preferência a reduzir o número de canais oferecidos à aumentar o valor, já que não há interesse do público. Bacana, não? Pois vai piorar!

Se os gringos ainda tiverem interesse em transmitir seus seriados por aqui, deverão se adequar a mais um trecho ingrato da lei. Todos os canais deverão exibir três horas e trinta minutos de produções nacionais por semana, obrigatoriamente durante o horário nobre (entre as 18h e as 22h). Agora, você acredita mesmo que eles estarão dispostos a investir tanto dinheiro em troco da incerteza? O mais provável que vá acontecer é que tais canais comprem os direitos para exibir filmes nacionais antigos ou novelas da Bandeirantes e transmiti-los nos dias de menor audiência. Quem aí não gostaria de assitir “Mutantes” às 19 horas de uma quarta feira? Porque é exatamente isso o que presumo que acontecerá.

Ao invés do governo se preocupar com problemas mais sérios que aflingem a cultura do Brasil, eles preferem criar planos tortuosos que censuram aquilo com o que nós queremos gastar nosso dinheiro. Quando a política se integra ao comércio de forma tão agressiva, a palavra “ditadura” deixa de ser uma analogia e começa a se tornar realidade.

Você é quem paga, você é quem deveria escolher o que assistir.


Fonte: http://www.acidezmental.xpg.com.br/ditadura_televisao.html

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